segunda-feira, 7 de junho de 2010

ROUBARAM UM DEPUTADO ?! (PARTE I)

(por Luiz Henrique Prieto)


Antes que me critiquem, quero deixar bem claro que nada tenho contra o nobre Deputado. Muito pelo contrário: solidarizo com o sofrimento do mesmo, uma vez que já fui vítima, inúmeras vezes, das mazelas sociais.

Calma, gente, não se trata do típico ditado "ladrão que rouba ladrão"!

Muito menos, surrupiaram alguém em Brasília!

Trata-se apenas e tão somente da indignação de um João Ninguém, contra o destaque que a mídia vem dando ao assalto ocorrido, semana passada, à casa de um deputado mineiro.

Diariamente, somos assaltados, furtados e humilhados, por uma boa parte de homens de preto, empossados, diplomados e, o que é pior: ELEITOS PELO POVO!

Nossos velhinhos, que contribuíram a vida inteira para o famigerado INAMPS, hoje INSS (mudam as siglas, mas as porcarias e falcatruas continuam as mesmas), precisam de um rebolation, todo mês, para fazer mágica com a mísera aposentadoria.
Talvez chamemos o Mr. "M" para desvendar tal mistério.

Emburreceram, não de aborrecer, mas de tornar BURRAS, pelo menos duas gerações inteiras com a tal "Escola Plural", onde o aluno não era reprovado (disse "era" porque nem sei mais como está o Sistema de Ensino Público).
Duvidam?
Pois peçam a um grupo de adolescentes, ou mesmo de jovens adultos, para tecer uma redação sobre qualquer tema (desde que não seja o hit do momento, vampiros adolescentes, divas americanas que exibem seus corpos em hot-clips com letras desconexas e danças pornô-sensuais).

Mas agora, que a criminalidade atinge alguém, cuja importância é fundamental para o bom desenvolvimento da nação, representante de uma Casa (e de uma classe) Legislativa, interessada somente no bem estar público e social (pelo menos é assim que está na cartilha), bramam vozes: "Ah, precisamos rever a política de segurança pública. Nossa cidade não pode ficar à mercê da bandidagem. Temos que dar prioridade máxima à Área de Segurança".

Puxa vida!

Quantos pés-rapados têm a residência arrombada, são vítimas de extorsão, saidinhas de banco, arma na cabeça, "passa o vale-transporte, malandro!" e por aí vai.

Mas, quando o flagelo social atinge um Excelentíssimo Senhor Doutor, todos ficam pasmos!

Porém, quando se trata de "Joões Ninguém"...

Isso mesmo, NÓS, os eleitores, somos vistos apenas e tão somente em época de eleição.
Depois? "Nem te ligo"!

- "Esse cara viajou na maionese"! Dirão.

Hum, hum...

Se a cracolândia da Rua Araribá fosse na Zona Sul, Pampulha ou Alto dos Mangabeiras, teriam ou não resolvido o problema há tempos?

Sem falar no tratamento diferenciado!

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