terça-feira, 20 de maio de 2014

PEQUENAS ESPERTEZAS, GRANDES LARÁPIOS




(by Luiz Henrique Prieto)

Ei, psiu!
Você aí!
É, você mesmo, que protesta contra a Copa!

Já conferiu se a sua carteirinha falsificada de estudante não está vencida?

E aquela sua coleção de DVD's piratas...
Crescendo cada vez mais, hein?

Menina !!!
E esse celular bacana que você achou?
Só não entendi porque você quebrou o chip!
Ah, tá!!!
Foi pro dono do celular não ficar te ligando e te enchendo o saco prá devolver, né?
Esperta você, hein?
Que presentaço!

Uau!!!
Bom padaná usar o wi-fi do vizinho, nénão?

Poxa, 
A fila do show tá enoooorme!!!
Vou ver se encontro um conhecido e dou um jeitinho de entrar na frente dele, de fininho.

Nó, a BR tá agarradaça!!!
Corta ali pelo acostamento!
Lá na frente a gente embica o carro e deixa esses trouxas aí prá trás!

Caraca!!!
O atacante tava impedido?
Nem vi!!!
Ah, tô nem aí!
Roubado é mais gostoso!!!

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E aí?

Quem é mesmo vigarista?


segunda-feira, 14 de abril de 2014

AMOR FRANKENSTEIN




(by Bia Brandhuber)


É possível remendar o amor? 
Sei lá!
Quando penso num amor remendado, logo me lembro das fitas cassetes da minha adolescência e do Frankenstein. 
Quando as fitas arrebentavam, e eu com toda minha precisão cirúrgica (só que não), remendava tudo com durex. 
A fita até rodava...
Mas, que raiva!
Sempre engasgava ou pulava, geralmente nas partes que eu mais gostava. 
O Frankenstein, bem, parece, mas não é. 
Acho que amor remendado é assim: pode até parecer, mas nunca vai ser novo, de novo. Nada de amor Frankenstein, que parece, mas não é. 
E nem de amor fita cassete, amassado, que pula e engasga nas melhores partes. 
Se ainda existe amor, ame de novo! 
Não um novo amor, mas um amor novo! 
Reinvente, recomece, não remende!