terça-feira, 23 de junho de 2015

A VIDA É ASSIM...


(Luiz Henrique Prieto)





A vida é assim:
Num dia a gente chora
Noutro, a gente sorri


Pessoas machucam
Fazem troça de ti
Ipê-Roxo fica feio no inverno
Para na primavera florir


Ontem, eras doce mariola?
Tsc, tsc...
Hoje, sozinho, tu choras
Só lhe serve quando faz rir


A vida é assim:
Num dia a gente chora
Noutro, a gente sorri


Invertendo o verso ao avesso
Coração sofrido, previsível tropeço
Gente de sentimento travesso
Escarra em teu peito indefeso


Te avisaram que a vida é assim?
Num dia a gente chora
Noutro, a gente sorri?


A maldade escarnece
Ante teu riso desfeito
Num pranto silencioso
Sentes vazio o peito.


A vida, que era assim outrora
Noutro, a gente sorri
Num dia, a gente chora



segunda-feira, 15 de junho de 2015

CHUVA



Luiz Henrique Prieto




 
Semana passada, fomos surpreendidos com a forte chuva que caiu, inesperadamente, em Belo Horizonte.

Salvo engano, em menos de quatro horas, choveu o dobro da média esperada para o mês de maio!

Situação chata, né?

Trânsito congestionado, veículos lentos, motoristas mais cautelosos...

Muitas pessoas mudaram os seus planos, desmarcando compromissos e indo direto prá casa.

Também, né?

Quem é que não quer voltar para a segurança do lar, ficar sequinho e aquecido?

Curiosamente, na época de chuvas, ficamos realmente mais cautelosos.

Dirigimos devagar, caminhamos com mais atenção, verificamos se a sombrinha está dentro da bolsa (quando necessário, reformamos aquela velha sombrinha de estimação! Aquelas sim, resistem a qualquer pé d’água!), calçamos botas, enfim...

O problema é que, sempre que cai uma inesperada chuva torrencial, ou quando chega o período chuvoso, é que nos lembramos daquela telha quebrada que não trocamos nunca, daquela velha infiltração que sempre aparece em tempos molhados e por aí vai.

Porque durante o verão, em tempos de sol a pino, nem nos lembramos desses inconvenientes!

Então...

Na vida, também é assim!

Quando estamos numa boa, andando livremente prá lá e prá cá, ficamos despreocupados!

No verão, então, nem se fala!

Andamos até mais leves, alegres e sorridentes...

As pessoas são ou não são mais leves no verão?

Mas aí...

Vem um temporal inesperado e avacalha a nossa vida, bagunçando tudo!

O que tentamos fazer?

Corremos prá casa, prá segurança do lar!

Mas, lá chegando, damos de cara com as goteiras, dentro de casa, causadas pelas telhas quebradas que ainda não trocamos, tirando o nosso sossego!

Quando entramos no período chuvoso, aí é que a coisa complica de vez!

As infiltrações reaparecem, o mofo toma conta das paredes e, conseqüentemente, os espirros, a bronquite, a asma, a tosse alérgica...

Minha gente, vamos ter o cuidado de, em tempos secos e seguros, verificar em que estado se encontram as telhas da nossa Fé!

Se necessário, fortaleçam os telhados, façam rebocos mais consistentes nas paredes, cuidem das suas “casas”, mantendo-as sempre sequinhas e seguras!

Se começarmos, em tempo de bonança, a ter os mesmos cuidados que temos em tempos sombrios, não seremos surpreendidos por um temporal inesperado, muito menos importunados por qualquer período chuvoso que  venha a insistir em infiltrar más intenções em nossas vidas.

Logo após o aguaceiro, ou mesmo após um breve chuvisco, o sol volta a dar o ar da graça!.