quarta-feira, 28 de julho de 2010

XINGOS, PALMADAS, TACAPES...ECA !

(by Luiz Henrique Prieto)



Na semana que passou, todos os elementos do título foram alvos de notícias.

Alguns mereceram destaque.

Outros, nem tanto.

"Manda esse imbecil colocar os dois resultados", voiciferou Fausto Silva para a sua produção, provavelmente referindo-se ao pobre-diabo responsável pelo tal gerador de caracteres.

Programa familiar?

Eu, hein?!

"Manhê, o que é imbecil?"
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E por falar em programa...

Se o vice do José Serra apresentar um Programa de Governo, será considerado um "Programa de Índio"?

"Campanha eleitoral de alto nível", dizem Serra e Dilma.

A regra só não vale para os vices, né?

Afinal, de posse do tacape, o silvícola flechou o adversário: "O PT tem ligação com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), principalmente em relação ao narcotráfico".

Índio quer cachimbo.

Se não der, pau vai comer!

Em contrapartida, o vice adversário retrucou, em alto nível: "É um idiota"!

Hum...

Chamar índio de idiota não é preconceito racial?

Onde estão os Direitos Humanos?
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Os médicos, coitados, estão perdidos.

Com a "Lei das Palmadas", ficam proibidos de dar o famoso tapinha no bumbum dos recém-nascidos.

Terão que assistir muito "Super Nanny" e apelar para a psicologia infantil.

"Chora, nenê"!

O ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, quase atingiu a maioridade.

Como todo adolescente que se preza, vive uma crise de identidade.

Melhor.

De interpretação.

Crianças e Adolescentes não têm apenas direitos.

Também têm DEVERES!

E os Conselhos Tutelares não são esses bichos-papões que cerceiam o direito dos pais.

Duvidam?

Pois vejam o que diz o renomado escritor Geraldo Claret de Arantes, em sua obra intitulada "Manual de Prática Jurídica do Estatuto da Criança e do Adolescente", 2ª edição publicada em 2006, pela Imprensa Oficial:

"O ECA é um feixe de DIREITOS das crianças e adolescentes, DEVERES dos adolescentes, dos adultos, das instituições e do Estado".

Em relação aos Conselhos Tutelares:

"(...) com a força da lei, podem requisitar qualquer serviço público, como ambulâncias, vagas em hospitais, fornecimento de remédios e tratamentos médicos, vagas em escolas públicas, viaturas policiais, automóveis de repartições públicas para os fins específicos, escolta policial quando necessário, inclusão de adolescentes e famílias carentes em programas municipais de assistência social(...)"

O golpe fatal em Quimera: "O Estado, através do município, é obrigado a fornecer ensino fundamental regular, creche, pré-escola, ensino supletivo e noturno, em local próximo à casa da criança e do adolescente ou fornecer transporte gratuito. O material didático também deve ser gratuito, assim como o uniforme, se exigido pela escola".

Hora de rever seus conceitos, cara-pálida!

Caso contrário, "Um Tapinha Não Dói" e "Entre Tapas e Beijos", serão considerados apologia ao crime!

ENGODOS, MUTRETAS, TRAPAÇAS, CONLUIOS...


E TROUXAS!

O QUE É ISSO, MANO?

"Campanha de Alto Nível".
Definitivamente, o slogan não se aplica ao "Caso Eliza Samudio".
Já que virou moda falar do suposto crime e da campanha eleitoral, nada mais oportuno do que fazer um comparativo.

A situação, que tem a seu favor a máquina administrativa, vê-se numa saia justa quando o seu "candidato" surge em destaque na Folha: "Delegado responsável pelo ‘Caso Eliza Samudio’ responde por corrupção, desvio de verbas de diárias e facilitação de fuga de presos" (http://www.folha.uol.com.br/, 14/07/10).

Dias depois, é a vez do "candidato" da oposição despontar nos noticiários: "Ércio Quaresma foi detido, em 2009, por posse de crack. Pesam ainda contra ele acusaçõe de ameaça, dirigir veículo com documentos vencidos". (http://www.uol.com.br/, 21/07/10).

Curiosamente, alguém fez "boca-de-urna" na porta do Departamento de Investigações, panfletando os Boletins de Ocorrência, nos quais o advogado figura como acusado.
Enquanto isso, o "Caso" continua sem respostas...

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"Você confirma que entendeu bem essa mensagem"?

A voz metálica soa no rádio do bólido vermelho, cavalinho rampante, no ouvido de Felipe Massa.
Pilotando de maneira impecável, "tirando leite de pedra", leva um soco na boca do estômago.
Após a curva, entra em uma reta, desacelerando e cedendo o lugar ao "companheiro" de equipe, Fernando Alonso.

Não só a telemetria acusou a manobra, como a FOM (entidade responsável pela transmissão oficial das imagens na F1) fez questão de reprisar a "Trapaça de Maranello".
Nick Lauda, ex-piloto, respeitadíssimo no Circo da Fórmula 1, resume o episódio em uma única palavra: "VERGONHA"!

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"O torcedor é um trouxa", afirma um renomado comentarista de esportes.

Concordo.

Mano Menezes é confirmado como o novo técnico da Seleção Brasileira, na manhã de sábado.

No final de semana, dá inúmeras entrevistas.

E ainda tem tempo de elaborar uma lista e fazer contato, "pessoalmente" (leia-se via telefone), com cada um dos seus eleitos.

Na segunda-feira, anuncia a SUA lista de convocados.

E aí, fica a pergunta:

"Será que todo candidato a técnico da Seleção Brasileira anda com uma listinha, já pronta, no bolso?"

Ou vem aí mais um mamulengo do Sr. Ricardo Teixeira & Cia.?

Como diria o Pitbicha: "O que é isso, Mano? Au au!!!"
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quinta-feira, 22 de julho de 2010

MOMENTO DE REFLEXÃO

(by Maquiavel)
"Nenhum indício melhor se pode ter a respeito de um homem do que a companhia que freqüenta: o que tem companheiros decentes e honestos adquire, merecidamente, bom nome.
Porque é impossível que não tenha alguma semelhança com eles."

SOBRE ESCOLHAS E CONSEQÜÊNCIAS

(by Padre Fábio de Melo)

Será que as conseqüências de nossas escolhas de agora, num futuro próximo, poderão doer no coração dos que amamos?

Chegará o momento em que não nos restará muita coisa.

Mais cedo ou mais tarde a vida nos cobrará.

As escolhas de hoje repercutirão em breve neste tempo que costumamos chamar futuro.

É impossível não sofrer com as conseqüências de tudo o que escolhemos.

Escolhas são como sementes.

O que plantamos hoje será fruto amanhã.

A qualidade do fruto depende do que semeamos.

Não há milagre que possa reverter o que foi semeado.

Se as sementes plantadas eram de limão, não espere colher laranjas.

É a regra da vida.

É dura, eu sei, mas é a lei. Se você plantou limão não adianta ficar pedindo a Deus a graça de colher laranjas.

Não há honestidade nesse pedido!

terça-feira, 13 de julho de 2010

GRITO SURDO

(por Luiz Henrique Prieto)


Ando pelas ruas, observando a paisagem ao redor.

Cenas urbanas.

Menino soltando pipa, mulher debruçada na janela (fofoca comendo solta), velhinhos jogando dama.

Paisagem bucólica, duma cidadezinha interiorana...

Redondamente enganado, meu amigo!

Descrevo as cenas que vejo, quase diariamente, numa metrópole com mais de 2 milhões de habitantes!

A diferença está no filtro.

Várias pessoas podem olhar uma mesma imagem e descrever dezenas, talvez centenas, de detalhes que passaram despercebidos pelos demais.

Registro fatos em fotos.

Às vezes, a íris funciona como o obturador da câmara fotográfica, registrando incessantemente, cada detalhe do cotidiano.

Ambulância do SAMU, estacionada em pleno horário de almoço, defronte a uma churrascaria famosa...

"Talvez estivesse socorrendo o pobre bovino que fora parar na brasa para saciar a fome dos humanos".

Viatura de Polícia, estacionada em frente a uma loja de peças para motos...

"Vai ver, ali funciona um desmanche e estão investigando"!

Outra viatura, dessa vez estacionada em frente a uma loja de ferramentas.

"Quem sabe a Polícia de Trânsito está mal equipada"?

Fora isso, iluminação pública funcionando 24 h por dia, em prédios federais, estações de metrô, obras públicas, áreas externas de centros de convenções ou mesmo nas vias públicas, ainda que o sol esteja a pino.

"Bom saber que estão cuidando direitinho da taxa de iluminação pública"!

Passeios esburacados, ruas mal tratadas, abusos e mais abusos.

Tem até Desembargador autorizando motorista a trafegar na contramão, violando a Lei bem nas fuças de um pobre mortal, pior ainda, nas barbas da “Indústria de Multas”, só para não ter que sujar o lindo sapatinho na porta do restaurante.

Reclamo.

Denuncio.

Grito.

Mas é um grito surdo, ninguém ouve.

Talvez o erro esteja nas escolas, que ensinam o tal ráuareiôu, que de nada nos serve.

Talvez, se ensinassem LIBRAS nas escolas, aí sim, um Pedro feito eu, conseguisse ser ouvido.

Desisto.

Troco o filtro.

Volto à paisagem bucólica, maravilhando-me com a natureza que insiste em sobreviver nessa Selva de Pedra...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

ALÔ, ALÔ, MARCIANO...

(por Luiz Henrique Prieto)



Dia desses, li n’algum lugar, não lembro onde, pois minha memória anda demasiadamente fraca...


Hum...


Sobre o que mesmo eu ia dizendo?


Ah, tá !!!


Sobre E.T’s., Alienígenas.


Li em algum lugar que, se uma hora qualquer, um disco voador passasse sobre o Planeta Azul, certamente imaginaria que os trens, ônibus, carros e afins, seriam os verdadeiros habitantes do planeta e que se alimentavam, acreditem, de pessoas!


Sim!!!


Vistos de cima, os meios de transporte mais parecem gigantes famintos, insaciáveis e que sofrem de bulimia.


Afinal, não se cansam de engolir e vomitar os pobres humanos, seja noite, seja dia.


Meia hora esperando o ônibus, quase na hora do rush, área central de Belo Horizonte, tenho inúmeras opções.


Mas, teimoso que sou, insisto em esperar pela bendita criatura que virá me devorar.


Chega, piscando, faminto.


Arrasta-se, até parar, em definitivo.


Escancara as bocas laterais e vomita quase nada.


Curioso é que, a alimentação entra por um único compartimento, e sai por dois.

Talvez, se entrasse por dois e saísse por um, a voracidade da besta-fera estaria saciada.


Humanóides se acotovelam.


A cena me faz lembrar do tal Tokeru Kobayashi...


Kobayashi...o da Fórmula 1?


Claro que não, né? Porque desse aí, a gente só houve falar quando sai mer...cadoria!


É o tal comedor de hot dog.


Hum.


Melhor reescrever a frase.


Porque nesses tempos do "politicamente correto", dizer que um cara é comedor de hot dog pode soar como "bicha enrustida"!


Tudo bem!


O Tsunami, esse é o nome do japa, comeu nada menos que 53 hot dogs em 12 minutos!


Pegando a calculadora, temos: 1 hot dog a cada 13,28 segundos!


Como conseguiu a façanha?


Veja aí no YouTube.


Pesquise por Takeru Kobayashi e entenda como enfiar, literalmente goela abaixo, um hot dog em 13 segundos.


Usa as mãos, dedos, cotovelos, empurra daqui, empurra dali, até que finalmente, a guloseima chega ao esôfago!


Não tem YouTube?


Então vá para o ponto de ônibus no qual eu estava.


A única diferença entre Kobayashi e a Besta-Fera é o quitute: o japa alimenta-se de pão com salsicha, ao passo que o monstro metálico se alimenta de gente!


Ok, ok!


Alguns sem salsicha, vá lá...


A pobre velhinha, jogada de um lado para o outro, feito cachorro na Feira Hippie, mal consegue colocar os pés no primeiro dente, digo, no primeiro degrau.


A senhora, criança no colo, faz levitar o pequeno, elevando-o, sabe-se lá como, acima da cabeça dos demais.


Jovens estudantes, mancebos bonitos e garbosos ("esse, é prá casar"! Diriam as incautas moçoilas), promovem um empurra-empurra sem fim, quase levando as sacolas plásticas da dona-de-casa que caiu na besteira de fazer compras de supermercado justamente na hora que monstrengo sente mais fome!


Os gentis "cavaleiros", comportam-se feito verdadeiros cavalos!


Se caírem de quatro, basta apor-lhes as ferraduras!


Pensando melhor, é injusto maltratar os pobres cavalinhos.


Afinal, se bem tratados e treinados, são capazes das maiores proezas.


Que o digam os cavaleiros (de verdade), que ganham inúmeras provas de Hipismo graças à elegância, garbo, obediência, gentileza e RESPEITO que os eqüinos apresentam.


Predicados esses que deveriam valer para os moçoilos, no empurra-empurra do desespero, na pressa de serem deglutidos pelo dragão de metal, amassam idosas, dão cotoveladas em mulheres grávidas e ai daquele que lhe cruzar o caminho.


"É a lei do mais forte"! Ouço a já batida frase.


"Não", discordo, em pensamento. "É a lei do ignorante, do mal educado, do bípede racional"!


Isso!


Racional!


A razão fala mais alto que a emoção.


Prevalece a força do macho, sobre a fragilidade feminina.


Desisto.


Atravesso a rua, e vou embora a pé.