segunda-feira, 25 de novembro de 2013

SÍNDROME DE ESTOCOLMO (OU PORQUE ME PRENDO A VOCÊ)



(by Luiz Henrique Prieto)

A "Síndrome de Estocolmo" é caracterizada por um tipo de afeto que o sequestrado desenvolve pelo sequestrador.

Algoz e vítima.
Caça e caçador.

Quantas vezes insistimos em manter por perto aquela pessoa que nos fez mal, que nos machucou, que sequestrou os nossos sentimentos e as nossas emoções?

Qual a necessidade real disso tudo?
Dizem que o ódio é uma forma estranha de amar.
E, na maioria das vezes, esse "ódio" brota no término de um relacionamento mal sucedido.

Geralmente, quando uma das partes sai "prejudicada".

O primeiro sentimento que vem é o de raiva.
Em seguida, a gente começa a colocar defeitos no outrora "objeto do desejo".

Mas, espera aí...

Até agora há pouco ele não era "a melhor coisa que te aconteceu"?

E tome maledicências a respeito das novas "amigas", das "periguetes" sorrindo nas fotos ao lado dele, da suposta alegria que ele parece emanar, mesmo não estando ao seu lado.


A próxima etapa é o autoflagelo.

"A culpa é minha!"
"Eu é que não soube segurar a relação."
"E se eu tivesse feito diferente?"
"E se eu tivese sido mais tolerante?"

E entre tantos "e se", a dúvida brota na sua cabeça.


Afinal, de quem foi a culpa?


Sei lá, uai!


Mas é aí que entra a "Síndrome de Estocolmo".


Você começa a vigiar, meio "sem querer", as postagens dele.

Vira e mexe se pega olhando atualizações de status, fotos, etc.
Isso quando não faz amizade com as pessoas que estão próximas dele, apenas e tão somente para saber a quantas anda a vida do sujeito.
Passa e repassa os SMS trocados quando tudo estava azul.
E desenvolve, sim, um sentimento inexplicável em relação a esse carrasco que insiste em estraçalhar o seu coração.

Mesmo não querendo, a tentação de saber o que se passa com o "cretino" é maior que a sua força de vontade.

Solução?

Matar o sequestrador!
Matar bem matadinho, enterrar bem enterradinho, mandar pro quinto dos infernos!

Sim!

Mas só no sentido figurado, ok?
Nada de violência!

Então, vamos lá...

Desfaça a "amizade" nas redes sociais.
Pare de seguir qualquer perfil que o bendito tenha por aí.
Apague os famosos SMS.
Limpe o histórico do WhatsApp.
Fotos?
NEM PENSAR!
Suma com toda e qualquer evidência que te faça lembrar.


Com certeza, você vai relutar em adotar as dicas acima, mas faça um esforcinho.


Sei que, em algum momento, você vai insistir em manter a "Síndrome de Estocolmo" em evidência, lembrando somente dos momentos bons.


Mas, lembre-se:

Defunto bom, é defunto MORTO!

E enterrado!


Enterre.


Viva seu luto.


E renasça prá vida! 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

EU ME BASTO



(by Paula Carolina)

Hoje li uma frase muito interessante.
Falava sobre mãe, mais especificamente, mãe solteira.
E fazia o seguinte questionamento: 
"Porque não se bastar?!" 
Narrando várias situações vivenciadas por nós, para, posteriormente, mais uma vez perguntar: 
"Em qual dessas você NÃO se encaixa?!" 
Fiquei muito feliz porque eu me encaixo em todas as citadas e muitas outras! 
EU me basto!!! 

Reunião de pais, 

...material, 
...uniforme, 
...matricula, 
...ordens, 
...carinhos, 
...cuidados, 
...castigos, 
...comidas, 
...doces, 
...bolos, 
...doenças, 
...inúmeras idas ao médico, 
...farmácia, 
...olheiras, 
...noites mal dormidas, 
...atrasos no serviço por um tombo, uma garganta inflamada, um simples controle, 
...banhos de dois minutos, 
...comer fazendo N coisas...

Brincadeiras? 1.000 !!!


...proteger qdo ta com "me-medo",

...corrigir qdo um bate no outro, 
...incentivar a amizade dos dois...enfim.

Sair pra balada?! 

Que nada! 
Bora pro circo, pro parque, pra praça!

(Paula Carolina é a super-mãe dos gêmeos Gabriel e Gustavo)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A VELHA INFÂNCIA




(Luiz Henrique Prieto)


E, de repente, uma postagem descompromissada de um amigo querido me remete a um passado longínquo...
Diferente das lembranças regadas a porões, teias de aranhas e coisas velhas, é um passado gostoso, inocente e LIVRE!
Regado a joelhos ralados, merthiolate, gargalhadas estrondosas, uma dúzia de moleques bebendo Baré no bico...
Tardes infinitas no Parque Municipal, correndo prá lá e prá cá, subindo e descendo no escorregador...
Os carrinhos de bate-bate?
Ahhhh....um sonho!
O carrossel, dando voltas e mais voltas, com os cavalinhos parados no mesmo lugar...
O tobogã, um desafio sinistro que só os mais corajosos ousavam enfrentar...
As pipocas atiradas no laguinho, só prá gente ver os gansos, cisnes e seus imensos bicos...

O pedalinho, passeio certeiro de uma época em que o romantismo vigorava...
Os lençóis, disfarçados de toalha de piquenique, estendidos sobre a grama...
A jarra de "Ki-Suco faz 2 litros", que não fazia meio litro sequer...
O pão-com salame, manjar dos Deuses de toda criança feliz...
As fotos tiradas no lombo dos burrinhos e imortaziladas em monóculos multicoloridos...
O cheiro de graxa, vindo do maquinário de brinquedos simples (aos olhos dos adultos)...

Sons...
Cheiros...
Sensações...
Gargalhadas...
Sem pirotecnia,
Sem tecnologia,
Sem muita grana.

Apenas o verdadeiro sentido de SER CRIANÇA e encontrar a FELICIDADE nas coisas mais 
simples.