terça-feira, 22 de novembro de 2011



Táxi


(by Luiz Henrique Prieto)


Meu táxi transporta alegria
Retratada na algazarra infantil
Que permeia o banco traseiro
Tal qual passarinhos
Chilreando, festivos
Numa laranjeira ao cair do dia...

Meu táxi transporta tristeza
Retratada na maquiagem
Que se desfaz
Ante a enxurrada de lágrimas
Que brota dos lindos olhos
Da pobre moça...

Meu táxi transporta monotonia
Ante o sujeito sisudo
Cenho franzido
Imerso em seu próprio silêncio...

Meu táxi transporta esperança
Retratada no buquê de flores do campo
Colhidas há pouco
Repousando, inquieto
No colo do jovem mancebo
Sorriso estampado na face
Rumo ao reencontro com a amada...

Meu táxi transborda de amor
Retratado nos beijos apaixonados
Suspiros profundos
Risinhos nervosos
Advindos do jovem casal
No banco traseiro
Rumo ao templo do pecado...

E assim
Num entra e sai
Sobe e desce
Vai e vem
Me transporto do táxi
Para retratar esses pequeninos versos...

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