segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A VELHA INFÂNCIA




(Luiz Henrique Prieto)


E, de repente, uma postagem descompromissada de um amigo querido me remete a um passado longínquo...
Diferente das lembranças regadas a porões, teias de aranhas e coisas velhas, é um passado gostoso, inocente e LIVRE!
Regado a joelhos ralados, merthiolate, gargalhadas estrondosas, uma dúzia de moleques bebendo Baré no bico...
Tardes infinitas no Parque Municipal, correndo prá lá e prá cá, subindo e descendo no escorregador...
Os carrinhos de bate-bate?
Ahhhh....um sonho!
O carrossel, dando voltas e mais voltas, com os cavalinhos parados no mesmo lugar...
O tobogã, um desafio sinistro que só os mais corajosos ousavam enfrentar...
As pipocas atiradas no laguinho, só prá gente ver os gansos, cisnes e seus imensos bicos...

O pedalinho, passeio certeiro de uma época em que o romantismo vigorava...
Os lençóis, disfarçados de toalha de piquenique, estendidos sobre a grama...
A jarra de "Ki-Suco faz 2 litros", que não fazia meio litro sequer...
O pão-com salame, manjar dos Deuses de toda criança feliz...
As fotos tiradas no lombo dos burrinhos e imortaziladas em monóculos multicoloridos...
O cheiro de graxa, vindo do maquinário de brinquedos simples (aos olhos dos adultos)...

Sons...
Cheiros...
Sensações...
Gargalhadas...
Sem pirotecnia,
Sem tecnologia,
Sem muita grana.

Apenas o verdadeiro sentido de SER CRIANÇA e encontrar a FELICIDADE nas coisas mais 
simples.

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