segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

PROMESSAS...



PROMESSAS
(Luiz Henrique Prieto)


Então é isso?
É assim que acaba?
Num banco de igreja
Numa tarde abafada

A promessa sincera
A cara, por lágrimas lavada,
Coração aos pulos
De mãos postas, a alma apertada

Por fim, o milagre acontece
O sopro divino traz alívio ao peito
"Negativo", sorrimos
Ante o sufoco desfeito

A tensão se desfaz
O sorriso no ar predomina
Está feliz o rapaz
Está contente a menina

Entre sussurros e lágrimas
Alívio!
Palavras entrecortadas
Soluços contidos no peito
Transbordam da boca e da alma
Confissões de um amor verdadeiro

Deixado o santuário
A luz do sol escarneia:
"Não pode mais", diz a promessa
Que bate na cara, estapeia

Então, é assim que termina
Duas ruas que se cruzavam
Hoje não fazem esquina

Foi-se embora o rapaz
Foi-se embora a menina

Então, é assim que termina...

Ontem, era "meu amor"
Hoje, apenas "Bom Dia"...
 

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